quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O cristão unido pela internet jamais será vencido


Os tempos mudaram. E para melhor, bem melhor. Os simples fiéis, soldados rasos, zé manés, como eu e provavelmente você nunca apitavam coisa alguma, sua opinião valia pouco ou nada. Havia uma verdade oficial e o resto era ignorado. Só contava a opinião institucional, com suporte na ideologia (política ou religiosa ou ambas) dominante. O que não interessava era abafado e o que interessava era exaltatado com ou sem razão de ser. As verdades eram definidas de cima para baixo.

A internet bagunçou esse status quo. A blogosfera católica hoje é uma realidade vigorosa. O que se publica na imprensa católica oficial (publicações diocesanas, de ordens religiosas, orgãos ligados a conferências episcopais, etc.) já não é mais aceito como verdade absoluta. Pode ser ser facilmente contestado ou desmentido por blogs independentes. Os canais oficiais perderam a importância.

Apenas dois exempos. Primeiro, as Comunidades Eclesiais de Base, que nas décadas de 80 e 90 pareciam ser uma onda avassaladora que iria dominar o Brasil, o futuro da Igreja. No ano 2000 ainda se falava em 2 milhões de católicos atuantes nas CEBs. Divulgou-se o comparecimento de 800 padres e religiosos e 50 bispos a um evento de 2009. Pois bem, alguém já encontrou um blog ou site conhecido que fale das CEBs ou feito por alguém que participe? Onde estão esses 2 milhões de católicos? Na minha opinião, não existem nem nunca existiram. Mero sonho inflado de alas eclesiásticas influentes e ideológicas que já virou pó.

Segundo exemplo, mais próximo ao tema desse blog: o caos litúrgico que foi se espalhando nas últimas décadas parecia ser uma demanda essencial dos fiéis. Missas folclóricas, com ritmos afro, danças exóticas, padres com cocares e chapéus de caubói, etc. Agora está se descobrindo, e esse blog é apenas uma amostra, que o povão não quer nada disso. Parafraseando o finado Joãosinho Trinta: "o povo gosta é de seriedade litúrgica; quem gosta de criatividades bizarras é o clero sem noção".

Nenhum comentário:

Postar um comentário