quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Outro bispo: cada um no seu quadrado...


Dessa vez a carta pastoral é sobre a litugia da Missa e vem de um bispo norte-americano. Começa colocando os pingos nos is:
"1. O texto do Missal Romano deve ser usado exatamente como está escrito. Como indicado na citação do Concílio Vaticano II [decreto Sacrosanctum Concilium: ninguém ouse, mesmo que seja sacerdote, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica. (n. 22, § 3) ] nenhum de nós tem autoridade para mudar o texto por qualquer razão"
Entre outros temas, observa um detalhe interessante:
"c. Especial observação deve ser feita sobre a postura durante o Pai Nosso. Só o celebrante tem a indicação de estender as mãos. Nem os diáconos nem os fiéis são instruídos a fazer o mesmo. Nenhum gesto é prescrito para os fiéis no Missal Romano, nem na Instrução Geral do Missal Romano, logo os fiéis não devem estender as mãos ou dar as mãos uns aos outros."

Sempre achei que esse assunto de dar as mãos no Pai Nosso é forçar a barra. Nunca me passou pela cabeça ficar de mãos dadas com um desconhecido. Mesmo quando encontro meus pais ou avós, dou um beijo e um abraço carinhosos, mas não fico de mãos dadas.

Há algumas semanas, durante o sermão que eu assisti, o padre dizia: agora coloque a mão no ombro da pessoa que está à sua direita e peça isso e aquilo... agora no ombro da pessoa que está à esquerda.. agora no ombro dos dois... Sinceramente, pareceu-me uma grande falta de tato e de respeito com as pessoas, pois não faz parte dos usos e costumes de um cidadão normal ficar tocando o ombro de desconhecidos(as), e nem oferecer o próprio ombro para ser tocado. Se é tudo justificado pela caridade fraterna, a próxima etapa poderá incluir beijos e abraços? Essas iniciativas pitorescas se entendem também pelo que comentei num post anterior sobre a preparação do sermão.

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