quarta-feira, 18 de abril de 2012

Capelão militar alemão da II Guerra próximo dos altares


(Catholic Herald18/04/2012) O Vaticano está verificando se a cura de um americano com câncer se deve à intercessão do Pe. Franz Stock, um capelão do exército alemão para prisioneiros dos nazistas em Paris (...)

Padre Stocks foi "a última face humana" que centenas, talvez milhares, puderam ver antes de sua execução.

Ele é um símbolo da reconciliação na França e na Alemanha, virou nome de ruas e de escolas e é homenageado pelas autoridades. O correio francês lançou um selo comemorativo no 50º aniversário da sua morte. Ele faleceu por edema pulmonar em 24 de fevereiro de 1948, aos 43 anos (...)

O Tribunal da Arquidiocese de São Francisco, California, investigou o caso da cura de um homem de 33 anos e enviou seu relatório à Congregação para as Causas dos Santos no mês passado. Se o Vaticano confirmar que um milagre aconteceu, a beatificação será aprovada (...)

Os franceses chamavam o Pe. Stock o capelão do inferno por causa da sua misericórdia heróica e da sua bondade como capelão para os prisioneiros dos nazistas em Paris (...)

Testemunhas atestaram que Pe. Stock arriscava sua vida - às vezes usando uma batina especial e um casaco com bolsos ocultos - para trazer notícias e itens proibidos para os encarcerados. Chocolates, roupas, papel, canetas e cartas ajudaram os prisioneiros a resistir à tortura, ao desespero e às ameaças às suas famílias.

De 1941 a 1944 acompanhou mais de 700 pessoas durante suas execuções e testemunhou milhares sendo fuziladas pelos nazistas. "Somente nesta semana, eu preparei 72 homens para enfrentar a morte, os assisti no momento final e os enterrei", Pe. Stock escreveu no boletim de dezembro de 1941 da abadia beneditina de São José de Clairval, em Flavigny, França.

Em outro artigo publicado pela Abadia, Pe. Stock assinalou que Roger L., de 28 anos, foi batizado no dia de sua execução. "Ele havia perdido toda a coragem. Com a minha ajuda, ele recuperou a confiança ... Ele fez sua primeira comunhão com uma unção que comovia .... Suas últimas palavras no momento de sua morte foram Senhor, tem piedade de mim."

Com a libertação da França, o Pe. Stock foi preso pelos americanos por um breve período. Após a sua libertação, foi convidado para dirigir um "seminário cercado por arame farpado" em um campo de prisioneiros alemães em Chartres, uma iniciativa do governo francês e do delegado apostólico na França, o arcebispo Angelo Roncalli, futuro Papa João XXIII.

De 1945 a 1947, 949 professores, sacerdotes, irmãos e seminaristas passaram pelo seminário, segundo o site www.franz-stock.org.

(...) o Pe. Stock foi um defensor da paz, sobretudo da reconciliação entre a Alemanha ea França. Assim, apesar da relutância inicial, foi convencido a comandar o seminário para prisioneiros alemães na França como um caminho para a paz no futuro, renovando o catolicismo europeu no pós-guerra.

Pouco antes do encerramento do campo de prisioneiros e do seminário, Pe. Stock disse aos futuros sacerdotes alemães: "É a Providência que nos está lançando este convite à santidade, pela voz da história, e devemos ouvi-la, para trazer ao mundo a mensagem de liberdade e paz, salvação e amor ".

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