sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cristo é quem atua por excelência na Missa

A Missa de São Gregório, anônimo séc. XVI
O popular blog do Father Z tem como título: "O que a oração diz realmente?". Traz bons comentários sobre as orações das Missas de domingos e datas litúrgicas significativas.

Segue abaixo um trecho do post de ontem sobre a oração coleta da Quinta-feira depois das Cinzas:
Coleta: Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. 
Cristo é quem atua por excelência na Missa. Nas ações do sacerdote, Cristo está agindo como a Cabeça do Corpo. Nas ações e na receptividade dos assistentes, Cristo está agindo como o Corpo, respondendo à Cabeça e sendo dirigido por ela. Juntos, ambos formam Cristo, Christus Totus, elevando ao céu o sacrifício para o Pai. Portanto a nossa participação deve ser em primeiro lugar e primordialmente uma receptividade ativa, de modo que tenhamos o que é bom para retribuir a Deus.

A dinâmica implícita na receptividade ativa é também encontrada na dupla de expressões "inspirai as nossas ações" e "ajudai-nos a realizá-las" (Coleta). Deus inicia em nós todas as coisas boas. Se nós cooperamos de modo consciente e voluntário com o que Ele inicia, Ele próprio as leva a termo através de nós, fazendo nossas mãos fortes o suficiente para segurar com firmeza as boas coisas que Ele nos deu para realizar.

Cada boa coisa que temos e fazemos é simultaneamente de Deus, em primeiro lugar, mas também autenticamente nossa. Como disse o grande Santo Agostinho de Hipona (430): quando Deus "coroa os nossos méritos, na realidade não coroa outra coisa senão os seus próprios dons".
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