Catedral de Sevilha (vale a pena clicar para ampliar) |
Trecho de um artigo do Bispo de Madison, Dom Robert Morlino:
A liturgia exige sempre beleza nas celebrações
Desde a frequentemente confusa implantação do Concílio Vaticano II, muitas liturgias estão, vamos dizer, aquém da beleza. Confrontados com essa afirmação, o nosso povo e a nossa cultura replicariam: a beleza está nos olhos de quem vê, ou tudo é belo, ao seu próprio modo. Assim como a nossa cultura procurou relativizar tudo que é importante para a dignidade humana, afirmando que é da natureza humana não ter uma natureza, o mesmo ocorreu com a própria beleza.
A Beleza não está simplesmente no olhar do observador
Do ponto de vista racional, a beleza não está apenas no olhar do observador. Pois a razão nos diz que o belo, o bom, o verdadeiro e o uno são intercambiáveis e, portanto, tudo o que é belo também é bom e verdadeiro, e expressa a unidade e a harmonia.
A beleza não é aquilo que agrada a uma maioria em algum lugar. O fato de nossos paroquianos gostarem de entoar um cântico litúrgico não pode, por si só, tornar bonita essa canção. Ser bela, na verdade, é ser boa e ser verdadeira. Por mais que alguns gostem das esquisitices musicais de Lady Gaga, estas não podem, honestamente, ser descritas como belas.
Beleza significa, em primeiro lugar, espelhar a verdade. Algumas das músicas que cantamos na liturgia contém letras que claramente não são verdadeiras (...)
Dignificar a pessoa humana
Mas é igualmente importante que as coisas sejam boas para que também sejam consideradas belas. A verdade, que é revestida pela beleza, deve dignificar a pessoa humana ressaltando o que tem melhor na inteligência e no caráter. A beleza deve incorporar o que é verdadeiro, mas também deve enobrecer a nossa natureza humana criada à imagem e à semelhança de Deus. Tudo o que é belo deve fixar nossas mentes e nossos corações nas coisas do alto, de acordo com São Paulo (Fil. 4).
Quando percebemos que, para serem autenticamente belas, as coisas devem ser verdadeiras e dignificar nossa natureza humana, encontramos o rumo certo para a liturgia. Por ser a fonte e o ápice de nossas vidas como seguidores de Cristo, a liturgia não pode ser nada menos do que bela, bela a ponto de evocar a correta atitude sacramental de reverência, bela para condizer com a nossa comunhão com todos os anjos e santos na liturgia.
Assim, tudo o que havemos de fazer no futuro, buscando uma adoração cristocêntrica nas celebrações litúrgicas, deve ser nada menos do que belo, refletindo a perfeita beleza, unidade, verdade e bondade do objeto do nosso culto e da nossa adoração: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
tradução Missa aos domingos
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