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Um grupo de bispos colombianos redigiu uma longa e detalhada Carta Pastoral Sobre as chamadas "Missas de cura" (se quiser ler, clique em "view in full screen" na barra inferior de menu).
O bispo de Medellin, um dos autores, dirigiu aos seus fiéis a mensagem transcrita a seguir, que sintetiza as principais idéias da Carta Pastoral:
As chamadas "Missas de cura"
Depois de muita reflexão e cuidadoso discernimento, os Bispos das Províncias eclesiásticas de Medellin e de Santa Fé de Antioquia [englobam um total de 13 bispos e 10 dioceses] decidimos escrever a todos os sacerdotes, religiosos e fiéis de nossas dioceses uma Carta Pastoral Sobre as chamadas "Missas de cura". Vimos necessário uma orientação sobre iniciativas e eventos que foram se espalhando em algumas paróquias, que seguramente apresentam aspectos e procedimentos que não estão de acordo com a doutrina, a liturgia e a prática pastoral da Igreja.
Com o ambíguo nome de "Missa de Cura" (pois em todas as missas a Palavra e o Corpo de Cristo podem nos curar) se designa uma certa maneira de manipular a celebração desse Sacramento, com interesses diversos que vão desde as melhores intenções até a simonia [venda de bens espirituais]. É necessário evitar que este tipo de celebração se preste à exploração da emotividade, da necessidade de cura e da visão fantasiosa que algumas pessoas podem ter. Acima de tudo, nunca se pode aceitar que se faça negócio com o sofrimento das pessoas.
A Igreja sempre rezou e continua hoje a rezar para pedir o restabelecimento da saúde dos enfermos. O que preocupa é a introdução de certas formas e objetos na oração, e mesmo na liturgia, como que para pressionar a Deus e garantir aos que sofrem que receberão a graça suplicada. Algumas vezes se chega a uma espécie de oferta comercial de curas e de objetos "miraculosos" que as facilitam. Com isso se produzem graves confusões na comunidade, como a de atribuir a graça de Deus a pessoas, lugares, tempos e objetos especiais ou exclusivos.
Junto com as erroneamente chamadas "Missa de cura" também são promovidos exorcismos, unções, orações de libertação e outras práticas que alteram gravemente o sentido da vida sacramental da Igreja. Na realidade, através da catequese e de celebrações dignas, devemos procurar que tanto a Eucaristia como os sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos, instituídos por nosso Senhor Jesus Cristo, ajudem com a graça de Deus às pessoas que precisam de auxílio espiritual.
Como o assunto é vasto e complexo, a partir dos ensinamentos dos últimos Papas e de outros documentos da Santa Sé quisemos escrever esta Carta Pastoral para dar uma instrução mais precisa e completa. Convido os sacerdotes a divulgar esta Carta e os fiéis a que a adquiram. Espero também que seja estudada em grupos e comentada. Acima de tudo, peço encarecidamente que seus ensinamentos sejam postos em prática.
A partir de agora deve ficar claro que devemos celebrar e aproveitar devidamente os sacramentos da Eucaristia, da Penitência e da Unção dos Enfermos; que para celebrar Missas nas quais se queira pedir de modo especial a cura dos enfermos se requer uma permissão por escrito do Bispo e que nelas fica proibido receber qualquer estipêndio ou oferta. Não podem ser mais admitidas formas degradantes de comércio, onde são vendidos serviços religiosos ou objetos benzidos ou onde de alguma forma se cobra para que os fiéis obtenham as graças de Deus.
+ Ricardo Restrepo Tobon
Arcebispo de Medellín
tradução, negritos e [comentários]: Missa aos domingos
ESTOU DE PLENO ACORDO, POIS OS EXAGEROS PROVOCAM UM GRANDE MAL ESTAR ENTRE OS IRMÃOS ALÉM DE LEVANTAR DÚVIDAS E QUESTIONAMENTOS QUE VÃO DE ENCONTRO, NA CONTRA-MÃO A DOUTRINA DO CRISTO. TALVES ESTES QUE PREGAM TAIS "CURAS" E "LIBERTAÇÃO" QUE BUSCAM APRESENTAR UMA TEOLOGIA DISTORCIDA ESTÃO SE ESQUECENDO DO PROPÓSITO DA VINDA DO CRISTO ENTRE NÓS (1 TIMÓTEO 1,15).
ResponderExcluirDIÁCONO LUIZ GONZAGA
ARQUIDIOCESE DE BELÉM - PARÁ-AMAZONIA-BRASIL.
Falar da cura antes de falar da libertação me parece, smj, o inverso do que nosso Senhor Jesus ensina e faz, ou poderia dizer que enquanto humano Ele ensinou e fez. O Apostolo Paulo ensina que somente após ter aceito definitivamente a Cristo Jesus é que pode experimentar a Graça da presença do Pai. Portanto a cura efetiva acontecerá com a aceitação de Jesus como nosso Redentor e Salvador. Como a Igreja Católica Apostólica Romana é bastante cuidadosa quando se fala em exorcismos, precisamos nos questionar: a quem devo servir ao Deus que me dá a bonança ou às bonanças que Ele me dá? ir à missa com o propósito de fazer de Deus um "despachante" me soa como egocentrismo e blafemia.
ResponderExcluirLaércio Jose´Jacomélli - Leigo - Campo Grande/MS.
A missa de cura que frequento não tem nada disso que a carta menciona, graças a Deus.
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