segunda-feira, 5 de março de 2012

O inferno e o demônio voltam à ribalta?


Dois temas meio esquecidos e correlatos da doutrina Católica voltaram à tona nessa Quaresma, com poucos dias de diferença.

O Bispo de Dourados, Dom Redovino Rizzardo, centrou o fogo no pai das trevas:
Outra característica vista por Jesus no Demônio é de ser "assassino desde o início" (Jo 8,44). De fato, se existe na atualidade uma prova que mais fala da existência e do poder do Diabo é o clima de maledicência, discórdia, violência e vingança que medra em todos os ambientes e em toda a parte.

(...) Costuma-se dizer que a grande vitória alcançada pelo Demônio no século XX foi a de fazer crer que ele não passa de uma invenção... «Se Deus não existe, tudo é permitido», escreveu Dostoiévski. Mas, se isso acontece com Deus, muito mais com o Diabo. Ele age sorrateiramente, «disfarçando-se em anjo da luz» (2Cor 11,14), confundindo e invertendo os valores. O pecado passa a atrair mais do que a virtude. A liberdade é transformada em devassidão. A sabedoria é substituída pela esperteza. O dever pelo prazer. O ser pelo ter. O amor pelo ódio.

Para o apóstolo São João, «quem comete o pecado é escravo do Diabo - o pecador desde o princípio - mas o Filho de Deus veio ao mundo para destruir as obras do Diabo» (1Jo 3,8). Quem tem Deus, não teme o Demônio: «Se Deus é por nós, quem será contra nós?» (Rm 8,31). O Diabo só existe e tem poder nas pessoas e ambientes donde Deus foi banido...
Já Dom Mark Davies, bispo de Shrewsbury, Inglaterra, falou do inferno:
(...) Como diz aquele sábio livro, A Imitação de Cristo: "Se você não está preparado para enfrentar a morte hoje é muito improvável que esteja amanhã ...". Conforme o Catecismo da Igreja Católica, "a lembrança da nossa condição de mortais também serve para nos lembrar de que temos um tempo limitado para realizar a nossa vida" (CIC 1007). A ciência deste tempo limitado na terra e de tudo o vem depois - Juízo, Purgatório, Céu ou Inferno para sempre - torna-se um convite urgente à conversão em nossas vidas. (...) A fé permitiu Santa Teresa de Lisieux dizer em seu leito de morte: "Não estou morrendo, eu estou entrando para a vida". 
(...) Como o Catecismo explica, "ao morrer, cada homem recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através duma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do céu (...)". Existe também uma terrível possibilidade de que o Evangelho fala repetidas vezes: "a condenação imediata para sempre" (CIC 1022). 
Porque "morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria livre escolha" (CIC 1033). Sim, esta é a real e eterna escolha de nossas vidas.

Um comentário:

  1. A vida de São Pio, perseguido pelo demônio e em nós ao nos sugestionar o mal e aceitarmos, atesta a mais a veracidade de sua existência e suas várias ações, especialmente nesse mundo racionalista, que crê apenas no admitido pela ciência; em algumas citações, Jesus fala sobre suas ações e do inferno pelo menos 11 vezes. E refere-se ainda o que é capaz de fazer: 2 Cor 11.14: Não é de se estranhar pois o próprio satanás se transfigura em anjo de luz, por conseguinte não é de surpreender que seus ministros em servidores da justiça. Em Mt 10.25: belzebu; Demônio: Mt 4.12 e Lc 4.2 e Mc 1.13, como adversário. Em 1 Pd 5.8: Sede sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um leão a rugir, procurando quem devorar. O melhor presente ao demônio é negar sua existência; ele terá tempo a mais disponível para cuidar de outros, afinal esse já é de casa. E ao final da vida reberá pessoalmente do demônio o prêmio de ter desacreditado dele - sobrou-lhe tempo para cuidar de outros - "esse já é de casa", e conviverá com o mesmo por toda a eternidade; acha boa idéia?

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