terça-feira, 13 de março de 2012
O Padre, esse eterno Rei da Simpatia
Quem já não ouviu inúmeras vezes o relato: na Missa / casamento / velório / batizado... da sobrinha / vizinha / cunhada / amiga-de-não-sei-quem... o PADRE fez / deixou de fazer / olhou / falou / espirrou...
E dá para antecipar a conclusão: não vou mais na Missa desse padre / em Missa nenhuma / nessa paróquia / nunca mais ponho o pé na igreja...
É uma questão especialmente importante no Brasil, onde tendemos a ser mais sensíveis.
Quem sou eu para menosprezar a simpatia, especialmente da parte de um padre, mas daí a fazer disso o cavalo de batalha supremo, a fonte da eterna mágoa, vai uma considerável distância. Para começar devemos ir à Missa, à igreja, rezar, etc. porque temos fé e porque amamos a Jesus Cristo e necessitamos dos sacramentos, não porque somos tratados assim ou assado ou porque adoramos ouvir amabilidades.
Depois, se tenho que escolher quem vai operar meu coração, será aquele cirurgião taciturno, caladão e sorumbático que ganhou o premio Nobel após fazer milhares de transplantes bem sucedidos ou o garotão gente boa que me deu um belo sorriso e saiu ontem da faculdade?
A enorme simpatia do Papa João Paulo II cativava todo mundo (tive a sorte de poder comprová-la de perto) e fez um bem enorme à Igreja e às almas. O Papa atual não tem o mesmo carisma, mas se somos cristãos crescidinhos, que diferença isso pode fazer? E para a Igreja Universal, ele pode fazer tanto ou mais que o Papa anterior. De repente o Papa São Gregório Magno era um ranzinza de marca maior e um daqueles da Renascença que envergonharam o papado era a gentileza em pessoa. Considerando-se em perspectiva, qual a relevância?
A sobrevalorização da simpatia do padre no fundo, no fundo denota certa infantilidade ou é uma mera justificativa para a falta de fé e de amor. Com frequência os sacerdotes são alvos de alguma cobrança aqui no blog, mas não podemos querer deles a perfeição sempre e em tudo, certo?
Este post está muito longo... para ler a continuação clique aqui.
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