A carta pastoral de Dom Hugh Gilbert, OSB, Bispo de Aberdeen, Escócia, já foi citada em um post. Acho que vale a pena reproduzir parte dela:
Sem Silêncio não há encontro com Deus
Há uma verdade simples em jogo. Não pode haver uma relação real com Deus, não pode haver um verdadeiro encontro com Deus, sem silêncio. O silêncio que prepara para o encontro e o silêncio que se segue. Um dos primeiros cristãos escreveu: "Para alguém que tenha experimentado o próprio Cristo, o silêncio é mais precioso do que qualquer outra coisa." Para nós, Deus tem a primeira palavra, e nosso silêncio abre os nossos corações para ouvi-lo. (...)
Quando um profundo silêncio envolvia todas as coisas
Uma passagem do livro da Sabedoria descreve a noite do êxodo de Israel do Egito como uma noite cheia de silêncio. É usada pela liturgia da noite do Natal: "Quando um profundo silêncio envolvia todas as coisas, e a noite chegava ao meio de seu curso, vossa palavra todo-poderosa desceu dos céus e do trono real" (Sab. 18, 14-15) (...)
Silêncio na Igreja
E aqui vem uma pergunta difícil: o que aconteceu com o silêncio em nossas igrejas? Muitas pessoas perguntam isso. Quando o Cônego Duncan Stone, ainda um jovem sacerdote nos anos 40, visitou uma paróquia nos Highlands, ficou impressionado por encontrar muitas vezes trinta ou quarenta pessoas ajoelhadas lá em oração silenciosa. Agora muitas vezes há um falatório até o início da Missa, que recomeça logo após seu final. Mas o que é uma igreja, e por que é que vamos lá? Nós vamos encontrar o Senhor e o Senhor vem nos encontrar.
"O Senhor está no seu santo templo. Que toda a terra se mantenha em silêncio diante dele! " disse o profeta Habacuc. Certamente a presença silenciosa sacramental do Senhor no Sacrário deve nos levar ao silêncio. Precisamos nos concentrar e deixar de lado as distrações antes do início da Missa. Queremos nos preparar para ouvir a palavra do Senhor nas leituras e na homilia. Certamente precisamos estar com a mente tranqüila para nos conectarmos à grande Oração Eucarística. E quando recebemos a Sagrada Comunhão, seguramente queremos ouvir o que o Senhor Deus tem a nos dizer, "a voz que fala de paz". Estar juntos desta forma pode fazer que sejamos um - o Corpo de Cristo - tão eficazmente quanto as palavras.
Duas pessoas conversando
Um sábio e ancião sacerdote da diocese disse recentemente que "duas pessoas falando impedem quarenta pessoas de rezar."
Normas para o Silêncio na Igreja
"Criar o silêncio!" Eu não quero ser mal interpretado. Todos nós sabemos como são os bebês. Também não estamos condenados a entrar e sair da igreja como indivíduos isolados, frios, sem interesse um pelo outro. Queremos que as nossas paróquias sejam agradáveis e acolhedoras. Queremos conhecer e cumprimentar e falar uns com os outros. Existem assuntos para combinar, notícias a serem compartilhadas, mensagens a transmitir. A boa palavra vale mais do que o melhor presente, diz a Bíblia. Mas é uma questão de onde e quando. Melhor na entrada do que próximo do altar. Melhor após a Missa em uma salinha. Há tempo e lugar para falar e tempo e lugar para o silêncio. Dentro da igreja, na medida do possível, o silêncio deve prevalecer. Deve ser a norma, antes e depois da missa, e em outros momentos também. Quando há uma necessidade real de se dizer alguma coisa, diga-o tão silenciosamente quanto possível. No mínimo, tal silêncio é uma cortesia para aqueles que querem rezar. É sinal de nossa reverência pelo Santíssimo Sacramento. Respeita o desejo do Espírito Santo de nos prepararmos para celebrar os santos mistérios. Então a Missa, com as suas palavras e músicas e movimentos e os seus próprios momentos de silêncio, se tornará mais real. Ela vai nos unir num nível mais profundo, e aqueles que visitam nossas igrejas vão sentir Aquele que é Santo entre nós.
O demônio ama o ruído, Cristo ama o silêncio
'"Criar o silêncio!" É um imperativo. Que a Palavra vinda do silêncio encontre o nosso silêncio esperando por ela como um berço! Diz Santo Ambrósio: "O demônio ama o ruído, Cristo busca o silêncio."
tradução: Missa aos domingos
Um sábio e ancião sacerdote da diocese disse recentemente que "duas pessoas falando impedem quarenta pessoas de rezar."
Normas para o Silêncio na Igreja
"Criar o silêncio!" Eu não quero ser mal interpretado. Todos nós sabemos como são os bebês. Também não estamos condenados a entrar e sair da igreja como indivíduos isolados, frios, sem interesse um pelo outro. Queremos que as nossas paróquias sejam agradáveis e acolhedoras. Queremos conhecer e cumprimentar e falar uns com os outros. Existem assuntos para combinar, notícias a serem compartilhadas, mensagens a transmitir. A boa palavra vale mais do que o melhor presente, diz a Bíblia. Mas é uma questão de onde e quando. Melhor na entrada do que próximo do altar. Melhor após a Missa em uma salinha. Há tempo e lugar para falar e tempo e lugar para o silêncio. Dentro da igreja, na medida do possível, o silêncio deve prevalecer. Deve ser a norma, antes e depois da missa, e em outros momentos também. Quando há uma necessidade real de se dizer alguma coisa, diga-o tão silenciosamente quanto possível. No mínimo, tal silêncio é uma cortesia para aqueles que querem rezar. É sinal de nossa reverência pelo Santíssimo Sacramento. Respeita o desejo do Espírito Santo de nos prepararmos para celebrar os santos mistérios. Então a Missa, com as suas palavras e músicas e movimentos e os seus próprios momentos de silêncio, se tornará mais real. Ela vai nos unir num nível mais profundo, e aqueles que visitam nossas igrejas vão sentir Aquele que é Santo entre nós.
O demônio ama o ruído, Cristo ama o silêncio
'"Criar o silêncio!" É um imperativo. Que a Palavra vinda do silêncio encontre o nosso silêncio esperando por ela como um berço! Diz Santo Ambrósio: "O demônio ama o ruído, Cristo busca o silêncio."
tradução: Missa aos domingos
: O relativismo e o mundanismo atual se infiltraram na Igreja sob vários disfarces. Aqui está a instrução do S. Padre Bento XVI proveniente do "Domenica Coena", do S Padre e Beato João Paulo II, de 24/02/1980, de como devem ser celebradas e participadas as santas Missas, em ambiente silente e em espírito de recolhimento interior para o devido aproveitamento espiritual, jamais se transformando em shows emotivos, com palmas, aplausos ou acontecimentos profanos, verdadeiras cópias de "auês" religiosos de seitas evangélicas, como se aficácia dependesse da comunidade ou de estímulos externos, como pretendem alguns católicos alienados na fé: ir a uma missa animada...cheia de situações atraentes... um cantor e orquestra lindos... que "missa boa" do padre fulano, choro de emoção... a do outro padre, nem me falem...um sepulcro! Vejam:
ResponderExcluir“A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta é o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio.